Mastercard afirmou que 'tráfego pesado' provocou falhas no site. Ataques de hackers ao site da
Mastercard nesta quarta-feira prejudicaram pagamentos de usuários da
empresa de cartões de crédito. O site foi um entre vários atacados por
um grupo de hackers chamado Anonymous (Anônimo), que diz punir as
empresas que deixaram de prestar serviços ao site WikiLeaks.
O WikiLeaks e o seu fundador, Julian Assange,
vêm sofrendo uma forte pressão internacional, principalmente por parte
dos Estados Unidos, desde que começaram a divulgar um pacote de mais de
250 mil mensagens diplomáticas secretas americanas, na semana passada.
A Mastercard, que deixou de permitir doações ao WikiLeaks, diz que o ataque não afetou pagamentos feitos por usuários do cartão de crédito. Mas a BBC foi contatada por uma empresa que disse que seus clientes enfrentaram uma queda completa do sistema.
A companhia, que não quis ter o nome revelado, afirmou que o serviço de autenticação de pagamentos online, conhecido como Mastercard's SecureCode, deixou de funcionar.
Leitores também relataram problemas com pagamentos pela internet. Não se sabe qual foi a dimensão do problema. A Mastercard não confirmou o ataque.
Mais cedo, o funcionário Doyel Maitra havia dito que o site corporativo da empresa – Mastercard.com – estava enfrentando um "tráfego pesado", mas que continuava acessível.
"Estamos trabalhando para restabelecer a velocidade normal do serviço. Não há impacto algum na capacidade dos usuários dos cartões Mastercard ou Maestro de usar seus cartões para transações seguras."
Ativismo virtual
O Anonymous, que assumiu a autoria do ataque, é um grupo de hackers ativistas que diz já ter atingido diversos alvos - incluindo o site dos promotores que acusam o fundador do Wikileaks, Julian Assange, de estupro.
A PayPal, que deixou de permitir doações ao WikiLeaks, também foi atacada.
A empresa de pagamentos diz que tomou a decisão após o Departamento de Estado americano determinar que as atividades do WikiLeaks eram ilegais nos Estados Unidos.
Outras empresas que se afastaram do WikiLeaks, como o banco suíço PostFinance, que congelou a conta de Assange, também sofreram ataques. O banco diz que o fundador do site forneceu informações falsas ao abrir a conta na instituição.
Especialistas em segurança dizem que os sites foram atacados por um mecanismo chamado DDoS (distributed denial-of-service attack), que faz com que as páginas saiam do ar.
Paul Mutton, da empresa de segurança Netcraft, diz que 1,6 mil computadores agiram na ação.
Antes do ataque à Mastercard, um membro do Anonymous que se intitula Coldblood (sangue frio) disse à BBC que várias ações estavam sendo executadas para afetar empresas que deixaram de prestar serviços ao WikiLeaks ou que supostamente estariam atacando o site. "Sites que estão se curvando à pressão governamental se tornaram alvos", disse o hacker. "Como organização, nós sempre defendemos uma sólida posição sobre censura e liberdade de expressão na internet e nos voltamos contra os que buscam destruí-la por qualquer meio."
Segundo Coldblood, o "WikiLeaks se transformou em algo maior do que o vazamento de documentos e tornou-se o palco de uma batalha do povo contra o governo".
O hacker admitiu que os ataques podem prejudicar pessoas que tentam acessar os sites, mas disse que essa é a "única forma efetiva de dizer a essas companhias que nós, o povo, estamos descontentes".
O Anonymous também está ajudando a criar sites espelhos para o WikiLeaks, após seu provedor americano retirá-lo do ar.
A Mastercard, que deixou de permitir doações ao WikiLeaks, diz que o ataque não afetou pagamentos feitos por usuários do cartão de crédito. Mas a BBC foi contatada por uma empresa que disse que seus clientes enfrentaram uma queda completa do sistema.
A companhia, que não quis ter o nome revelado, afirmou que o serviço de autenticação de pagamentos online, conhecido como Mastercard's SecureCode, deixou de funcionar.
Leitores também relataram problemas com pagamentos pela internet. Não se sabe qual foi a dimensão do problema. A Mastercard não confirmou o ataque.
Mais cedo, o funcionário Doyel Maitra havia dito que o site corporativo da empresa – Mastercard.com – estava enfrentando um "tráfego pesado", mas que continuava acessível.
"Estamos trabalhando para restabelecer a velocidade normal do serviço. Não há impacto algum na capacidade dos usuários dos cartões Mastercard ou Maestro de usar seus cartões para transações seguras."
Ativismo virtual
O Anonymous, que assumiu a autoria do ataque, é um grupo de hackers ativistas que diz já ter atingido diversos alvos - incluindo o site dos promotores que acusam o fundador do Wikileaks, Julian Assange, de estupro.
A PayPal, que deixou de permitir doações ao WikiLeaks, também foi atacada.
A empresa de pagamentos diz que tomou a decisão após o Departamento de Estado americano determinar que as atividades do WikiLeaks eram ilegais nos Estados Unidos.
Outras empresas que se afastaram do WikiLeaks, como o banco suíço PostFinance, que congelou a conta de Assange, também sofreram ataques. O banco diz que o fundador do site forneceu informações falsas ao abrir a conta na instituição.
Especialistas em segurança dizem que os sites foram atacados por um mecanismo chamado DDoS (distributed denial-of-service attack), que faz com que as páginas saiam do ar.
Paul Mutton, da empresa de segurança Netcraft, diz que 1,6 mil computadores agiram na ação.
Antes do ataque à Mastercard, um membro do Anonymous que se intitula Coldblood (sangue frio) disse à BBC que várias ações estavam sendo executadas para afetar empresas que deixaram de prestar serviços ao WikiLeaks ou que supostamente estariam atacando o site. "Sites que estão se curvando à pressão governamental se tornaram alvos", disse o hacker. "Como organização, nós sempre defendemos uma sólida posição sobre censura e liberdade de expressão na internet e nos voltamos contra os que buscam destruí-la por qualquer meio."
Segundo Coldblood, o "WikiLeaks se transformou em algo maior do que o vazamento de documentos e tornou-se o palco de uma batalha do povo contra o governo".
O hacker admitiu que os ataques podem prejudicar pessoas que tentam acessar os sites, mas disse que essa é a "única forma efetiva de dizer a essas companhias que nós, o povo, estamos descontentes".
O Anonymous também está ajudando a criar sites espelhos para o WikiLeaks, após seu provedor americano retirá-lo do ar.